A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 1304/25, que revoga trechos da lei de privatização da Eletrobras para evitar a contratação compulsória de 8.000 MW de energia de termelétricas a gás em cinco anos e facilita a venda do gás natural da União por meio da Pré-Sal Petróleo S. A. (PPSA). O texto também foi aprovado nesta quinta-feira (30) no Senado e será enviado à sanção presidencial.
A medida incorporou várias mudanças na regulação do setor elétrico e trechos da MP 1300/25, conforme o parecer do relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM).
A MP é uma tentativa do governo de oferecer uma alternativa à contratação compulsória de energia de termelétricas a gás natural, antecipando-se à discussão pendente de vetos à lei de privatização da Eletrobras que, se derrubados, poderiam significar um aumento da conta de energia do consumidor final da ordem de R$ 24 a R$ 35 bilhões ao ano.
Quando da privatização da Eletrobras em 2021, o Congresso Nacional incluiu obrigação de o Poder Executivo contratar esse montante de energia de termelétricas a gás natural independentemente da demanda e mesmo em locais onde não há gasodutos.
Posteriormente, com a votação da lei das eólicas em alto mar (offshore), novas obrigações foram impostas, mas desta vez vetadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a de prorrogação de contratos de energia vinda de carvão mineral de 2028 para 2050.
VOTAÇÃO DOS PARLAMENTARES POTIGUARES
Os deputados federais do Rio Grande do Norte, votaram e refletiu divisões. Foram contra a cobrança os palamentares Benes Leocádio (União Brasil) Carla Dickson (União Brasil) General Girão (PL) Sargento Gonçalves (PL). Já os parlamentares Fernando Mineiro (PT) Natália Bonavides (PT) e Robinson Faria (PL) votaram a favor do texto original, que incluía a taxa. Já o deputado João Maia (PP) não participou da votação. Com a mudança aprovada, a energia solar continua isenta da nova cobrança e mantém seus benefícios atuais.