A indústria da pesca do Rio Grande do Norte enfrenta uma das maiores crises das últimas décadas. A exportação de pescado potiguar para os Estados Unidos, principal destino do produto, caiu de forma drástica após a aplicação de tarifas adicionais pelo governo norte-americano.
De acordo com dados do setor, apenas 20% da produção segue sendo comercializada com o mercado norte-americano. O impacto é significativo: a receita mensal, que girava em torno de US$ 6 milhões, despencou para pouco mais de US$ 1 milhão.
PREJUÍZO EM TODA A CADEIA
O recuo compromete não apenas os grandes exportadores, mas toda a cadeia produtiva da pesca potiguar, que vai desde os armadores até os trabalhadores envolvidos no beneficiamento e transporte. A queda nas vendas já ameaça empregos e compromete a circulação de riquezas no estado.
SINDICATOS EM BUSCA DE ALTERNATIVAS
Diante do cenário, sindicatos e entidades ligadas à indústria da pesca têm intensificado negociações para abrir novos mercados. Países como México, Austrália, China e Inglaterra surgem como opções estratégicas para compensar a retração imposta pelo mercado norte-americano.
OBSTÁCULO AO COMÉRCIO
O chamado “tarifaço” dos EUA tem sido apontado como o principal fator da crise. A medida elevou custos de importação para o pescado brasileiro, tornando o produto menos competitivo em relação a fornecedores de outros países.
O setor avalia que, se não houver uma solução rápida, o RN corre o risco de perder espaço estratégico conquistado ao longo de anos no mercado internacional.
Nossa reportagem conversou com engenheiro de pesca em Areia Branca, Vinicius Seixas sobre os impactos na pesca no Rio Grande do Norte. "Isso é uma consequência de uma falta de logistíca e admnistração de comércio de alimentos do Brasil. Se o país tivesse uma maior rede de comércio de outros países. Maior incentivo interno do Brasil. O dano econômico não seria tão alto, e não ficaria tão dependente do mercado americano, para sustentar as operações de comércio." destacou, Vinicius Seixas.