
Com a viagem internacional da governadora Fátima Bezerra, o vice-governador Walter Alves ocupa, até o próximo dia 16 de setembro, o posto máximo do Executivo potiguar. À primeira vista, trata-se apenas de um ato administrativo corriqueiro, previsto pela Constituição Estadual. Mas, olhando com atenção, o gesto revela mais do que a formalidade da posse interina: é um ensaio para o papel de protagonista que Walter tende a assumir em breve.
O VICE EM CENA
Não é a primeira vez que Walter Alves assume o comando do Governo. Mas cada episódio desse tipo reforça sua imagem pública e sinaliza a confiança de Fátima em sua condução administrativa. O fato ganha ainda mais relevância pelo horizonte político já anunciado: em abril de 2026, a governadora renunciará ao cargo para disputar uma vaga no Senado, abrindo espaço para que o vice conclua o mandato como governador titular.
PREPARAÇÃO PARA O FUTURO
Essa “antecipação” de Walter na cadeira de governador funciona como um teste, tanto para ele quanto para a opinião pública. Afinal, mais do que um substituto protocolar, o vice começa a ser visto como o futuro responsável pela continuidade, ou até pela mudança das políticas implementadas pela atual gestão. Cada decisão, cada discurso e cada gesto político passam a ser analisados sob a ótica de quem se prepara para comandar o Estado em definitivo.
O SIMBOLISMO DO MOMENTO
Por ora, o que se vê é um gesto simbólico que ultrapassa o simples ato administrativo. Ao assumir interinamente, Walter Alves tem a oportunidade de se projetar, ganhar visibilidade e preparar o terreno para o desafio de abril de 2026. O que poderia ser apenas uma formalidade, portanto, transforma-se em mais um capítulo do roteiro político que o levará, inevitavelmente, ao centro da cena potiguar.